sábado, 12 de abril de 2008

Vida Futurística

No alto da montanha “Serra Grande”, cientistas e biólogos especializados trabalham escondidos da sociedade em um projeto de criação humana em laboratório. Mas como o procedimento leva anos, para ver se o feto criado se desenvolvera bem em um útero composto por um material idêntico ao da vida real e se ele ira se criar normalmente, eles começam o treinamento e a capacitação de novos especialistas e profissionais para que o projeto tenha continuidade futura, já que os atuais não estarão vivos no tempo necessário para monitorar e concluir aquela vida.
Com o passar do tempo e a enorme dificuldade de encontrar pessoas que tenham real interesse no projeto e não desistam da experiência, eles resolvem inovar as pesquisas e criar sim a vida humana, mas desta vez, de uma forma diferente. Eles vão criar um clone, uma vida já existente, a partir de uma célula do corpo de uma pessoa qualquer, nascera uma outra geneticamente igual e em um útero verdadeiro.
O alto da montanha serve de refugio para tais experiências as quais as pessoas condenam e julgam de acordo com suas crenças e religiões, acreditando afetar tanto os indivíduos clonados quanto a sua posição perante a sociedade e também criando uma geração que será discriminada, gerando um mal que só trará mais conflitos sociais do que os já existentes, formando por meio da biotecnologia uma classe distinta de seres humanos diferenciados.
Os anos passam e um candidato é escolhido, Leonardo Veitch. Ele é jovem, tem apenas 21 anos e já é considerado um cientista de muito potencial. Leonardo dá continuidade as pesquisas com seus professores, e passa a morar na colônia da montanha, na qual todos os envolvidos no projeto residem. O presidente falece, e nomeia Leonardo como chefe de departamento e ele assume a maior responsabilidade de sua vida, coordenar uma invenção que pode mudar o rumo da humanidade e ainda assumir todos os riscos e culpas que essa idéia pode vir a originar.
Leonardo começa a ter distúrbios aos 81 anos que o bloqueiam mentalmente com o excesso de trabalho duro, o plano falha. O feto não se desenvolve. Anos e anos de dedicação foram postos no lixo por ele. Atormentado com o destino de sua vida, ele resolve acabar de vez com ela e comete suicídio.
Veitch é nomeado herói apesar de não ter concluído suas pesquisas genéticas e abre alas para um novo começo na historia da ciência, o clone de órgãos e tecidos que venham a servir para transplantes em pacientes em filas de espera nacional e internacional. Hoje as pesquisas não param de evoluir e estamos cada vez mais próximos de um futuro geneticamente perfeito, apesar das controvérsias impostas pela ética e moral das pessoas e da própria igreja quando nos referimos ao que é e quanto vale a vida.
*Artigo de ficção realizado para as aulas de Biologia do terceiro ano do ensino médio.