sábado, 13 de outubro de 2007

Um por todos e nenhum por um


Hoje me deparei com situações incrivelmente normais, mas ao mesmo tempo eram tão intensas. As pessoas que sempre aparentavam estar no comando, e estavam, para mim é como se elas só estivessem ali exercendo um mero cargo, porque verdadeiramente elas não são "chefes", e só pelo fato de mandar você fazer algo, ou ter algum tipo de autoridade, não faz dela melhor sabe... nem um pouco!

Essas pessoas há algum tempo resolveram simplesmente, largar-se, se deixar levar pra onde estiver a fim, livra-se de um peso, de uma rotina, ou de algo que as prenda, e eu que era apenas uma simples obediente, tive que exercer o tal cargo, mas em desvantagem pois não tinha a quem mandar, ou seja, sem uma obediente disposta como eu.

Derrepente me vi cercada de coisas a fazer, e o pior, fazer todas elas sozinha, mas mesmo assim dei conta do recado, mesmo estando saturada de tudo aquilo que estava acontecendo ao meu redor e tendo a mesma vontade de largar tudo e ir embora. Acho engraçado a maneira que algumas pessoas têm, elas de uma hora pra outra, mudam completamente a sua postura em relação àquilo que faziam, ora são completamente obcecadas e desejam a perfeição mais do que ninguém e se estressam ao extremo com coisas completamente insignificantes, ora são complemente "nem aí", definitivamente, sem querer saber de nada, sem se importar, apenas o que for de interesses delas merecia atenção. Bipolares, me cansam!

Se os direitos são iguais para todos, ou pelo menos deveriam ser, eu também posso jogar tudo pro alto certo? certo, embora seja um pensamento um pouco egoísta, pois existem pessoas que precisam daquilo eu "jogaria pro alto", mas... ninguém pode carregar o peso do mundo em suas costas, então, não tive ataques de reviravolta mas me desleixei um pouco, mesmo assim continuei a fazer meu trabalho, como estipulado, assumindo duas funções ao mesmo tempo, fazendo tudo por nós, me preocupando sozinha com o todo, enquanto os outros... ah! eles não estavam nem aí.

Então, recebemos ordens supremas que nos coloram na linha denovo e estipularam os deveres de cada um, mas agora já havia gente acomodada, e mesmo assim, só fazia as obrigações depois da segunda ordem, agora quem assumiu verdadeiramente o papel de chefe fui eu. Ah como seria bom se esse tipo de chefe pudesse demitir funcionários que não rendem, se eles pudessem deixar de ser chefes, para poder trabalhar num ambiente em que não houvessem desentendimentos, e sim harmonia na convivência, seria bom se essa coisa tão idiota pudesse ser encarada de forma menos complicada e que as pessoas pensassem também em como os outros se sentem sufocados ao fazer aquilo que não lhes diz respeito. Sabe, ser chefe não é uma coisa legal, você se irrita mais, se estressa mais, e no fim não ganha nada que esteja a altura de tudo o que você fez, embora ser mandado também não seja. Isso não é convivência, é uma selva onde só se dá bem quem é esperto. Estou começando a acreditar, que é melhor mesmo pensar só em mim.

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