sábado, 17 de maio de 2008

Fui despertada só "agora"! OPA, mas já passou.


Numa aula que julgava ser chata e sem conteúdo específico, bem até pode ser considerado específico, mas do tipo "momentâneo", aquele que entra e sai da cabeça rapidinho, sem ao menos refletirmos. Eu diria ser uma conformidade daquilo que eles, os professores, nos enfiam goela abaixo. Bom, nessa aula minha professora fala da matéria e explica coisas que fogem do contexto eaí de repente... PÁ! Surge lá do fundo um assunto filosófico que nos tiraria do tédio. Alguém fala em presente, o aqui, o agora, o momento.

Sonolenta e desanimada, contando os minutos para ir embora dali, meus olhos se abrem e o assunto me desperta a atenção, despertou tanto que estou aqui escrevendo este artigo para o blog. A polêmica, quando se viu, foi grande eaí começam os turbilhões de comentários e crítica que se chocam perante às próprias opiniões de cada um, o tema? O que é o presente. O presente é o que vivemos agora, nem o que passou e nem o que virá a ser, apenas o que acontece AGORA. Mas o que é o agora? se esse que era o "agora" já passou e agora é passado?

A discussão surgiu também quando falávamos em escrever, a professora falava com convicção encarando os alunos seriamente: - "Escrevam gente, mesmo que não fique bom na primeira vez, mesmo que não saibam a palavra, escrevam e esqueçam. Não percam tempo com a formalidade, peguem a caneta e deixem as idéias fluírem pelo papel, porque idéia boa mesmo é aquela que é despertada em nós assim que passamos o olho pelo que nos pedem pra escrever, e depois esqueçam. O "agora" de vocês é outro ao ler aquilo um tempinho depois, vocês já são outros, são outras pessoas lendo aquele texto."

Assim como o tempo nós também somos mutantes, somos com a velocidade do tempo uma nova pessoa a cada instante, seres "passageiros" e em constante transformação, queira Deus que a mudança seja progressiva (risos). No fim, o assunto sobrou sem nenhuma conclusão, o tempo daquela aula chata voou e as pessoas saíram da sala comentando pontos de vista. Uma idéia surgiu, o pessoal gostou, a professora encerrou a aula e o único propósito dessa maneira bonita e filosófica de falar era um conselho de como desenvolver uma redação em meio a uma explicação que ninguém dava a mínima atenção, e não dá até hoje, porque ninguém lembra do que se tratava. E eu? Aderindo ao conceito, já não sou mais a mesma.

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